REJUVENESCIMENTO NA TERCEIRA IDADE
Eliza Kazuko Nakamura pratica caminhada, dança, hidroginástica e natação. Sua evolução é constante e adquiriu novas habilidades na natação.
O envelhecimento é um processo contínuo durante o qual ocorre declínio progressivo de todos os processos fisiológicos da atividade celular, portanto, com corrosão das reservas funcionais e maior vulnerabilidade aos distúrbios metabólicos.
Este fenômeno natural não significa doença, mas apenas diminuição da função dos órgãos. O organismo precisará, portanto, se adaptar a estas novas situações, sem se abster de praticar normalmente suas atividades e manter uma boa qualidade de vida.
O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial que vem ocorrendo também no Brasil, particularmente nestes últimos 40 anos, prevendo-se que em 2030 teremos a sexta população mundial com números absolutos de idosos. Nossa expectativa de vida em 1950 era de 56 anos, atualmente é de 75 anos.
Este aumento da expectativa de vida nos surpreendeu, tende a progredir ano a ano e tem várias causas, entre elas, a melhoria do saneamento básico, as vacinações, melhor observação sobre fatores de risco para doenças, enfim, muito mais fatores ligados à Medicina Preventiva do que à Curativa.
Entre os fatores de risco para as doenças, particularmente para as crônico-degenerativas, mais frequentes na terceira idade, está, em primeiro lugar, o sedentarismo. Portanto, a prática regular de atividade física deve ser considerada fundamental na terceira idade, pois o sedentarismo é o principal fator de risco das doenças, incluindo o câncer. Neste período da vida ocorre uma desaceleração do metabolismo e o exercício físico deverá ser aeróbio e moderado.
Pesquisas científicas concluíram que a prática de exercícios na terceira idade melhora a circulação sanguínea, aumenta a massa muscular, melhora o controle de glicemia, reduz o peso corporal, melhora a pressão arterial de repouso e a própria autoestima, entre outros benefícios.
Um programa de atividade física para o idoso deverá estar dirigido para quebrar o ciclo do envelhecimento, produzindo assim, uma compressão da morbidade, impedindo que a doença ocorra ou afastando-a cada vez mais longe no tempo.
É óbvio que a pessoa idosa que nunca praticou exercícios deverá, antes de iniciá-los, se submeter a testes clínicos e laboratoriais. Se for detectada qualquer alteração patológica em seu organismo precisará ser mantida sob rigoroso controle, sempre preservando uma boa estabilidade hemodinâmica durante a atividade física.
A escolha dos exercícios deverá valorizar todas as preferências pessoais e possibilidades do idoso. O exercício terá a função de quebrar o desenvolvimento da ansiedade, da depressão, da baixa motivação, da fragilidade musculoesquelética e da perda do estilo de vida independente.
Atualmente, a ciência tornou inquestionável que a prática regular de atividade física na terceira idade é extremamente benéfica para a saúde. Melhora a aterogênese, a captação de oxigênio pelos tecidos, a massa muscular, a mobilidade, a obesidade e a sociabilização.
Assim, a atividade física funciona como rejuvenescimento na terceira idade.