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CORRIDAS GRÁTIS, CUSTOS E FINANCIAMENTOS

Nestas últimas décadas, as corridas de rua têm aumentado vertiginosamente em quase todas as cidades.

Os espaços verdes que antigamente faziam as festas do futebol de várzea desapareceram.

Os automóveis preencheram as ruas e eliminaram o espaço de prática de futebol das crianças.

O conceito moderno da prática de atividade física para a saúde teve importante papel no crescimento das corridas que atraíram também a classe média.

Para que as corridas de rua ocorram com segurança, há necessidade de restrição aos veículos, de monitores para orientar os corredores, de hidratação, de marcadores de tempo, etc. Tudo isso, sem dúvida, exige despesas, investimento e trabalho árduo por parte dos organizadores.

Há financiamento de empresas que estampam a propaganda nas camisetas, mas o custo ainda é complementado pelo corredor. E o preço das inscrições muitas vezes pesa no bolso.

Um trabalhador que recebe diariamente de 25 a 30 reais, e se inscreve em uma corrida que custa 150 reais, está pagando um valor que corresponde a 5 dias de trabalho, dificultando a participação de trabalhadores de baixa renda nas corridas de rua.

As corridas gratuitas deveriam ser incentivadas pela sociedade, secretarias de esportes e autoridades, para que todos possam participar de corridas de rua, pois hoje são, em sua maioria, eventos bem organizados que incentivam a fazer parte do mundo da corrida.

Diante desse fato, acreditamos que os governos deveriam estimular a participação nas corridas de rua, não só corredores de baixa renda, mas também atletas competitivos e toda a população, para estimular as práticas esportivas e, assim, promover uma melhor qualidade de vida.

CRIANDO A PRÓPRIA ATIVIDADE

Uma alternativa, que independe de outros, é criar a sua vida ativa alicerçada no que você gosta e no que é viável.

Se você gosta de andar, se for possível, em vez de automóvel ou transporte coletivo para os compromissos, caminhe ou vá de bicicleta.

Se gosta de dançar, faça escola de dança, vá a bailes.

Se gosta de conhecimento, faça cursos, inclusive online.

Se gosta de nadar, existem clubes, balneários, piscinas em condomínios.

Se gosta de exercícios, existem academias, academias em condomínios, ou uma bicicleta ergométrica ou esteira em um canto da casa.

Se gosta de yoga, artes marciais, etc., existem muitos locais para isso.

Se gosta de caminhar ou correr, existem praças arborizadas, parques e corridas de rua.

Enquanto a sociedade e os governos não criam programas para a terceira idade, crie sua própria atividade.

O professor Fabio Fusco, diretor do IPOMATES, criou sua própria vida ativa, com artes marciais e corrida.

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Roberto Losada Pratti

Presidente do IPOMATES

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